quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Um novo olhar sobre a Saudade!

Saudade!

Muitas vezes me questionei como é que um sentimento poderia causar em mim comportamentos tão adversos!
Mas era essa a realidade que vivia. Um dia dava para chorar, porque sentia o coração apertado por não poder abraçar quem desejo, outro dia dava para rir por me lembrar de todos os momentos bons que vivi com todos.
Muitas vezes detestava ouvir esta palavra porque me transmitia tristeza, fracasso. Noutras vezes o meu coração dava pulos de alegria.

Foi difícil de perceber como ultrapassar este dilema. Mas finalmente descobri que ter saudades não é mau.

A semente da saudade é depositada somente naqueles seres com coração disponível para amar e ser amado. Fazem-se amizades, únicas, sinceras, daquelas que dão para a vida inteira. Por diversas razoes a vida faz com que os caminhos tenham de seguir rumos diferentes.
Então a cada dia que passa ela cresce dentro dos corações, não com a intenção de nos deixar tristes e deprimidos, mas com a esperança do reencontro, preferencialmente inesperado, para que a explosão de alegria seja ainda maior.

É um sentimento que nos deve deixar alegres, por isso para colmatar as ausências físicas enche a nossa memoria de imagens e de momentos que o nosso coração jamais esquecerá.

Eu tenho saudades porque amo criar laços com as pessoas.

Só amando se pode ser feliz.

Por isso, mesmo com saudades, eu sou e serei feliz!

sábado, 2 de janeiro de 2016

Aos olhos da Rita

Acompanho a página da Rita já algum tempo por sugestão de amigos e comecei a interessar-me por cada texto que ela escreve. Quando soube que ela ia editar um livro, não descansei enquanto não tive um nas mãos. E a minha expectativa era enorme no dia em que o recebi. Passou uma semana. Agora que acabei de o ler, quero dar-vos a minha opinião:

Eu sei que existem muitos casos de paralisia cerebral, mas nunca pensei que existisse alguém tão parecido comigo, não só fisicamente, mas também psicologicamente. A cada página que lia a semelhança tornava-se cada vez mais evidente.

Apesar da nossa diferença de idades eu fiz uma viagem no tempo e descubro que na mesma idade tínhamos os mesmos sonhos, as mesmas angústias e os mesmos medos. E mesmo nos dias de hoje ainda me revi nalgumas das frases por ela escritas.

Na sociedade em que vivemos continuamos a ter autocolantes na testa, no qual nos tentam rotular como seres inúteis na sociedade, incapazes de construir um futuro próprio, tendo uma família e um trabalho que nos permita não depender de ninguém para sermos felizes. Por isso recomendo a todos a leitura deste livro especialmente aqueles que não têm directamente contacto com pessoas com paralisia cerebral ou qualquer ou d(eficiência) para que percebam que esta visão da sociedade em relação a pessoas como eu ou a Rita tem de ser mudada.

A ti, Rita quero dizer-te obrigada por cada frase inspiradora que levo do teu livro é bom saber que tenho alguém que vê o mundo da mesma forma. Fico a aguardar pelos teus próximos textos. Até já!