domingo, 11 de novembro de 2018

Há uma linha que separa

Aquilo que eu sei que tenho de fazer, daquilo que o meu corpo "quer" fazer.
Pode parecer algo sem sentido, mas é assim que, ultimamente, sinto que está a acontecer.
Tenho um cérebro que sabe e percebe o que tem de fazer e depois tenho um corpo que me dá a sensação de não me pertencer, ou se me pertence não o conheço nem o consigo compreender.
É quase como se o meu corpo fosse um adolescente rebelde com a mania de que quer, pode e manda e o cérebro é aquela mãe que não percebe nada.
Este é um facto que realmente me entristece, pois tenho consciência que deveria ser um trabalho conjunto de corpo e mente e não o é.
Mais ainda pelo facto de não conseguir fazer com que, aqueles que vivam comigo, percebam que para mim também é complicado,até porque sou eu a dona deste corpo.
Eu também não compreendo como é que num dia sinto-me bem, tranquila e no outro o corpo está pesado e já não sabe como fazer cada movimento da forma mais natural possível.
Começo a achar que durante a noite alguém faz um Reset aos meus comandos e apaga tudo o que assimilei durante o dia.

Piadas à parte e, voltando à realidade não sou nem quero ser nenhuma máquina que executa apenas comandos gravados.

Quero sentir e viver com um corpo minimamente funcional (dentro das minhas limitações) em que cada parte "obedece" ao meu comando e cumpra com a sua função para deixar de me sentir estranha, dia sim dia não.

Gostava que não fosse pedir muito e até pode ser que, se se portar bem, comece a pensar que ele até é bonito!
Mas um dia destes a gente conversa sobre a minha, ou melhor, a relação do meu corpo com o espelho :)