sexta-feira, 6 de setembro de 2019

O MEU OLHAR SOBRE A FISIOTERAPIA


Há alguns anos que a minha perspectiva mudou e percebi o quão gratificante é esta profissão
E Antes disso? Pura e simplesmente odiava!  (a parte dos exercícios, claro😀 O resto era minimizado de alguma forma, com as amizades que ia fazendo).

A Fisioterapia roubou-me muitas horas!
Na infância as que podia ter passado na brincadeira com o meu irmão e os meus primos.
Na adolescência todas as tardes e manhãs livres do horário da escola, lá eram ocupadas pela dita cuja.
No secundário era uma correria os estudos ficavam para segundo plano e em alturas mais apertadas fiz serões para os testes.
Durante muito tempo perguntei porquê tanto sacrifício? Eu não via nada de especial a acontecer! Na fase da “parvalheira” pensei muitas vezes em desistir e cheguei a “baldar-me” algumas vezes, simplesmente porque queria ter uma rotina normal como a dos jovens da minha idade. até que…
encontrei os meus primeiros anjos. 

É assim mesmo que hoje eu lhes chamo.
Estes fizeram-me perceber que a fisioterapia não tinha de ser sempre igual, que eu não era apenas mais um número. Eu era alguém com muitas capacidades à espera de serem descobertas.
Essa visão e essa proximidade fizeram com que eu começasse a ganhar gosto por a cada dia superar mais um desafio e de cada vez que era ultrapassado era gratificante ver o olhar brilhante deles.
Claro que a vida dá muitas voltas, obriga-te a sair do teu cantinho e o problema de nos afeiçoarmos a alguém, ás vezes é complicado.
De todas as vezes que aconteceu foi duro. A diferença é que eu já sabia que era daquela forma de fisioterapia que eu gostava e era assim que me sentia e sinto feliz.
De cada um deles guardo ensinamentos que me fazem querer lutar sempre:

“o que hoje é difícil amanhã pode ser fácil”.
“Não tenhas medo de dar um passo atrás para depois dares dois em frente”.
“Qualquer idade é boa para aprender, até o mais básico”.

A verdade é que hoje, graças a todos eles, sem esquecer a persistência dos meus pais, dá-me um gozo enorme desempenhar uma vida normal dentro da minha “anormalidade”.
Hoje com 29 anos continuo a fazer e com muito prazer.
Não estou à espera de milagres porque nem todos os dias me correm bem, e por causa disso tiro-lhes o chapéu, pelo tamanho da paciência que lhes fez e faz, terem a capacidade de persistirem e não desistirem de mim. Faço porque é o meu refúgio dá-me energia e alento para o resto dos dias. E eu sei que darei o meu melhor para continuar a contrariar o que supostamente me estava destinado, enquanto tiver ao meu lado quem aceite trilhar este caminho comigo.

ABENÇOADA FISIOTERAPIA E ABENÇOADOS FISIOTERAPEUTAS QUE AMAM O QUE FAZEM E PRIMAM PELA DIFERENÇA 💓💓💓

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